Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência e a reflexão sobre a educação inclusiva
No Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência, que foi celebrado no último dia 21 de setembro, a Dra. Carina Alves, primeira brasileira a receber o prestigioso Prêmio Confúcio de Alfabetização da Unesco, enfatizou sobre a necessidade de um ensino inclusivo que promova igualdade de oportunidades para todos os estudantes. Ela destacou que, apesar dos avanços, ainda há um longo caminho a percorrer para alcançar a tão almejada igualdade nas instituições de ensino.
“Já deveríamos estar num patamar em que todos seriam apenas estudantes, e ponto final. Sem qualquer diferenciação, com os mesmos direitos e oportunidades. Mas, infelizmente, a igualdade ainda não prevaleceu nas instituições de ensino“, analisou Carina.
Desafios da alfabetização inclusiva: dados alarmantes
Dados recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelam a magnitude dos desafios enfrentados. No Brasil, há 18,6 milhões de pessoas com deficiência, representando 8,9% da população com 2 anos ou mais. O levantamento aponta que a taxa de analfabetismo para pessoas com deficiência é de alarmantes 19,5%. Mais preocupante ainda, a maioria das pessoas com 25 anos ou mais e com deficiência não completou a educação básica: 63,3% possuem instrução insuficiente ou fundamental incompleto, enquanto 11,1% têm ensino fundamental completo ou médio incompleto.
Educação inclusiva: impulsionando transformações sociais e pedagógicas
Carina, além de fundadora do Instituto Incluir, é a mente por trás do Projeto Literatura Acessível, uma série de livros inovadores que coloca as crianças – com ou sem deficiência – no centro da narrativa, desafiando o preconceito que muitas vezes encontram na sociedade e na educação. Ela acredita firmemente que a educação voltada para pessoas com deficiência é essencial para impulsionar transformações sociais e pedagógicas.
“Alfabetizar é acreditar na educação como ciência, no seu poder de emancipação, de estimular o pensamento crítico e colaborar no combate à pobreza da subjetividade humana. Quando ampliamos esse universo, democratizamos o caminho para o processo de alfabetização inclusiva e acessível”, ressaltou a doutora em educação.
Ela lembra ainda que atividades culturais e educacionais, como brincar, cantar, dançar e pintar, são igualmente relevantes na formação pedagógica.
Literatura Acessível: materializando a luta pela inclusão
O Projeto Literatura Acessível é um exemplo concreto dessa crença. Os livros envolvem as crianças como protagonistas, desafiando os estigmas e preconceitos sociais. Disponíveis em diversos formatos acessíveis, como libras, braille, pictograma, audiodescrição, fonte ampliada e audiobook, eles buscam ampliar o alcance de seu conteúdo a um público o mais diversificado possível. A proposta visa formar uma sociedade mais plural e justa, abordando temas cruciais como acessibilidade, inclusão e igualdade de gênero no cotidiano pedagógico e social das crianças.
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Primeira brasileira ganha Prêmio Confúcio de Alfabetização e destaca importância da inclusão de crianças com deficiência
Carina Alves, fundadora do Instituto Incluir, ressalta a necessidade de igualdade de oportunidades na educação e ações inclusivas para crianças PCDs. Dados alarmantes revelam desafios a serem superados
23/09/2023 às 16h46
Por: Lorena Brum
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Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência e a reflexão sobre a educação inclusiva
No Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência, que foi celebrado no último dia 21 de setembro, a Dra. Carina Alves, primeira brasileira a receber o prestigioso Prêmio Confúcio de Alfabetização da Unesco, enfatizou sobre a necessidade de um ensino inclusivo que promova igualdade de oportunidades para todos os estudantes. Ela destacou que, apesar dos avanços, ainda há um longo caminho a percorrer para alcançar a tão almejada igualdade nas instituições de ensino.
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“Já deveríamos estar num patamar em que todos seriam apenas estudantes, e ponto final. Sem qualquer diferenciação, com os mesmos direitos e oportunidades. Mas, infelizmente, a igualdade ainda não prevaleceu nas instituições de ensino“, analisou Carina.
Desafios da alfabetização inclusiva: dados alarmantes
Dados recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelam a magnitude dos desafios enfrentados. No Brasil, há 18,6 milhões de pessoas com deficiência, representando 8,9% da população com 2 anos ou mais. O levantamento aponta que a taxa de analfabetismo para pessoas com deficiência é de alarmantes 19,5%. Mais preocupante ainda, a maioria das pessoas com 25 anos ou mais e com deficiência não completou a educação básica: 63,3% possuem instrução insuficiente ou fundamental incompleto, enquanto 11,1% têm ensino fundamental completo ou médio incompleto.
Educação inclusiva: impulsionando transformações sociais e pedagógicas
Carina, além de fundadora do Instituto Incluir, é a mente por trás do Projeto Literatura Acessível, uma série de livros inovadores que coloca as crianças – com ou sem deficiência – no centro da narrativa, desafiando o preconceito que muitas vezes encontram na sociedade e na educação. Ela acredita firmemente que a educação voltada para pessoas com deficiência é essencial para impulsionar transformações sociais e pedagógicas.
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“Alfabetizar é acreditar na educação como ciência, no seu poder de emancipação, de estimular o pensamento crítico e colaborar no combate à pobreza da subjetividade humana. Quando ampliamos esse universo, democratizamos o caminho para o processo de alfabetização inclusiva e acessível“, ressaltou a doutora em educação.
Ela lembra ainda que atividades culturais e educacionais, como brincar, cantar, dançar e pintar, são igualmente relevantes na formação pedagógica.
Literatura Acessível: materializando a luta pela inclusão
O Projeto Literatura Acessível é um exemplo concreto dessa crença. Os livros envolvem as crianças como protagonistas, desafiando os estigmas e preconceitos sociais. Disponíveis em diversos formatos acessíveis, como libras, braille, pictograma, audiodescrição, fonte ampliada e audiobook, eles buscam ampliar o alcance de seu conteúdo a um público o mais diversificado possível. A proposta visa formar uma sociedade mais plural e justa, abordando temas cruciais como acessibilidade, inclusão e igualdade de gênero no cotidiano pedagógico e social das crianças.
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Reconhecimento internacional e a busca por uma educação inclusiva
A notável atuação de Carina na área da educação inclusiva foi reconhecida globalmente. Sendo a primeira brasileira a receber o Prêmio Confúcio de Alfabetização da Unesco, em 2022, seu trabalho teve destaque na Jornada Mundial de Alfabetização 2023, realizada em Paris. A participação da Dra. Carina Alves nesse evento de relevância internacional reforça a importância de seu projeto e sua contínua busca por uma educação inclusiva e de qualidade para todos.
“Somos a única [e primeira] iniciativa brasileira a conquistar o Prêmio Confúcio. A honraria e minha participação na Jornada Mundial de Alfabetização 2023 são um reconhecimento dos esforços e de um estímulo para continuar trabalhando por uma educação mais inclusiva e de qualidade para todos/as“, celebrou a doutora em educação e fundadora do Instituto Incluir.
Promovendo a alfabetização para um mundo em transição
O tema do Dia Internacional da Alfabetização em 2023, “Promover a alfabetização para um mundo em transição: Construindo a base para sociedades sustentáveis e pacíficas“, ressoa profundamente com o trabalho incansável de Carina Alves. Sua dedicação à educação inclusiva é um farol que guia o caminho para uma sociedade mais justa e igualitária, onde cada criança, independentemente de suas capacidades, tenha a oportunidade de receber uma educação de qualidade e se tornar parte ativa de uma sociedade em transformação. O legado de Carina é um chamado à ação para todos nós, instando-nos a contribuir para essa causa vital e promissora.