A primeira edição do FiliGram – Festival Internacional Literário de Gramado vai movimentar a Serra Gaúcha entre os dias 2 e 11 de setembro, no Lago Joaquina Rita Bier, com entrada gratuita. Em torno do tema “O livro está na mesa: o papel da literatura em momentos de transformação”, serão realizadas mais de 150 atividades, incluindo debates, sessões de autógrafos, oficinas, exposições e apresentações artísticas. O festival reúne autores nacionais como Aline Bei, Clara Corleone, Jeferson Tenório, Natalia Borges Polesso e Paulo Scott, além de nomes internacionais como a sul-africana Futhi Ntshingila.
A curadoria do evento é formada por profissionais ligados à cultura e ao meio literário do Coletivo Sankofa, do site Literatura RS, da Universidade Aberta do Brasil e do Studio Patinhas, incluindo ainda o escritor Eduardo Krause, a jornalista Patrícia Viale e os coordenadores do FiliGram, Enio Martins, Fernando Gomes e João Mendes. “A curadoria coletiva se deu pela necessidade de ampliarmos as vozes durante a concepção do festival. Após organizarmos a programação em eixos, selecionamos os nomes de uma curadoria que traz diversidade e ajuda a pensar o evento sob muitas óticas”, explica Gomes.
Secretário de Cultura de Gramado, Ricardo Bertolucci Reginato conta que o festival nasceu da percepção de que a literatura era relegada a um papel secundário nos eventos da cidade. A partir de conversas com a comunidade e a Academia Gramadense de Letras, começaram as articulações para formar o corpo curatorial e a programação do FiliGram. Reginato destaca que o evento busca “enxergar a transformação da sociedade a partir da literatura e da literatura a partir da sociedade, desde a possibilidade de ler livros por meio de áudio e dispositivos online até o fato de entender que as mulheres devem ter um lugar de destaque na literatura e que os negros têm uma literatura potente que deve ser lida”.